A sonda Cassini atualmente está fazendo um ótimo trabalho para estudar Saturno, mas existem planos para enviar mais missões ao planeta, com espaçonaves preparadas para procurar formas de vida.
Os astrônomos pensam que duas das luas do planeta (Titã e Encelado) poderiam suportar vida, e querem enviar alguns equipamentos de monitoramento para Saturno e resolver o enigma.
No final do ano passado, duas propostas para isto foram apresentadas: a primeira é o projeto Enceladus Life Finder (ELF), apoiado pela NASA, e o outro é o projeto Explorer of Enceladus and Titan(E2T), apoiado pela NASA e pela Agência Espacial Europeia. Agora, ambas as equipes estão procurando financiamento para tornar suas propostas realidade.
“A maior esperança para a ELF é caracterizar completamente a habitabilidade do oceano de Encelado”, disse Linda Spilker, que propôs o projeto. “Gostaríamos de saber se o oceano de Encelado pode suportar vida, e se sim, verificar se existem evidências da sua existência.”
O plano de voo proposto pela ELF deveria descer a uma altitude de cerca de 50 quilômetros acima da superfície do polo sul de Encelado.
Após isto, seria preciso coletar amostras de água do oceano, que são ejetadas através de rachaduras na gelada superfície do satélite. Dois espectrômetros de massa (que analisam as misturas químicas) verificariam sinais positivos para a existência de vida, como o gás hidrogênio (fonte de energia comum), aminoácidos e isótopos de carbono que são encontrados em testes padrões sobre a vida microscópica por aqui.
Enquanto isso, os pesquisadores do E2T querem olhar de perto Encelado e Titã, que eles afirmam ser “ambientes privilegiados para o surgimento de vida e com potencial habitabilidade nos oceanos”.
Assim como o ELF, o E2T voaria através do polo sul de Encelado para fazer leituras da água do mar – coisa que a Cassini já fez, mas as novas sondas contariam com instrumentos mais avançados e fariam uma análise mais detalhada.
Em outras palavras, as sondas ELF e E2T podem executar exames além das capacidades da Cassini, que foi lançada em 1997 e conta com uma tecnologia consideravelmente defasada em comparação com as atuais. A E2T também seria capaz de tirar fotos em alta resolução da superfície de Encelado.
Depois disso, iria para Titã, onde orbitaria na atmosfera em altitudes variando entre 900 e 1500 quilômetros.
No momento, não está claro se algum dos projetos serão aprovados, mas eles servem como indicadores de um forte interesse dos cientistas em estudar a fundo Titã e Encelado, que poderiam nos dizer muito mais sobre a possibilidade de vida em outras partes do universo.
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