Se tem uma
coisa que apavora a
maioria das pessoas, é a possibilidade de ser enterrado vivo,
e o pior é que existem
registros de pessoas que, infelizmente, acabaram indo para a cova antes
de, bem... morrer. Mas, o que acontece com alguém que — por azar — é submetido
a esse tipo de experiência? E mais: quanto tempo um ser humano seria capaz de
sobreviver trancafiado em um caixão sob sete palmos de terra?
Não existe um
consenso sobre o tempo que um indivíduo — adulto e saudável — conseguiria se
manter vivo em uma situação como essa e, dependendo da fonte consultada, o
período pode variar de 10 minutos a algo em torno de 6 a 36 horas. Por outro
lado, os cientistas concordam que a sobrevivência depende da quantidade de ar
disponível no caixão, então podemos considerar algumas questões para chegar a
um período aproximado.
Variáveis
Segundo
Christina Cala, do portal Popular Science,
quanto menor for a pessoa enterrada, mais tempo ela conseguirá sobreviver a
esse suplício — já que ela ocupará menos espaço no caixão, permitindo que mais
ar caiba no ataúde. Além disso, caso se trate de um nadador ou maratonista, o
período de sobrevivência pode ser prolongado em 1 ou 2 minutos, graças à maior
capacidade pulmonar que permitiria ao sujeito prender a respiração por mais
tempo.
Os caixões
têm medidas padrão e, considerando um com pouco mais de 2 metros de
comprimento, por 71 centímetros de largura e 58 centímetros de altura, isso
significa que ele dispõe de um volume total de aproximadamente 885 litros — que
estariam preenchidos com ar.
Imagine o
desespero!
Mas, se
colocarmos uma pessoa em seu interior — em média, um corpo humano tem volume de
66 litros —, o espaço livre no ataúde cai para perto de 820 litros, dos quais
cerca de um quinto (ou 164 litros) corresponderia ao oxigênio. Então,
considerando que o enterrado mantenha a calma e consuma meio litro de oxigênio
por minuto, isso daria a ele um período entre 5 e 5 horas e meia, mais ou
menos, até que todo o oxigênio do caixão acabasse.
O problema é
que, nessa situação, a pessoa enterrada viva certamente ficaria extremamente
nervosa e empregaria um imenso esforço para tentar escapar — o que a faria
consumir o oxigênio mais depressa e, portanto, o ar acabaria antes. Uma vez
extinto o oxigênio, o dióxido de carbono se acumularia no interior do caixão, o
que levaria o enterrado a primeiro entrar em um estado de sonolência que
progrediria para o coma até que seu coração finalmente parasse de bater. Fim.
O resultado
da experiência não seria nada positivo
O pior é que,
mesmo que o sujeito consiga escapar do interior do caixão, isso não significa
que seus problemas tenham terminado! Não se esqueça que — em teoria — a pessoa
se encontra sob sete palmos de terra. E isso é muita terra! Ademais, a terra
estará toda compactada, o que significa que não haveria muito ar disponível.
Sem falar que
o peso de todo esse material impediria o indivíduo de expandir o peito para
inspirar e, mesmo que ele conseguisse, a terra entraria por sua boca e suas
fossas nasais, provocando sua asfixia. Portanto, uma coisa é certa: se o cara
tiver um enterro convencional, mais cedo ou mais tarde, ele vai acabar
morrendo.
FONTE(S) POPULAR SCIENCE/CHRISTINA CALA
IMAGEN(S)
0 comentários:
Postar um comentário