Seu gato
provavelmente pensa que você é um gato, mas muito maior. Isso de
acordo com o biólogo britânico John Bradshaw, que diz que a forma com que
os felinos peludos nos cumprimentam (com suas caudas para cima) e a forma como
se esfregam nas nossas pernas é semelhante à forma como os animais se comunicam
afetuosamente a outros gatos.
“Na sociedade
dos gatos, esta sequência é geralmente feita de um gato menor para um
maior – um gatinho para a sua mãe ou um parente mais velho”, Bradshaw, que é
diretor fundação do Instituto Anthrozoology na Universidade de Bristol, disse
ao jornal The Huffington Post em janeiro de 2014.
“Parece ser
uma forma que os gatos menores têm de indicar para os maiores que eles querem
continuar amigos. Quando os gatos começaram a se tornar amigáveis para
nós, talvez entre 5.000 a 10.000 anos atrás, eles apenas adaptaram esta peça de
comportamento para mostrar que eles gostam nós também”, continuou ele.
Autor do
livro Cat Sense: How the New Feline Science Can Make You a Better Friend
to Your Pet, Bradshaw estuda a história e o comportamento dos gatos por
décadas. Ele argumenta que, para viver feliz com nossos gatos, é preciso
primeiro chegar a compreender o seu comportamento e suas excentricidades.
Por exemplo,
saber que os gatos realizam este ritual com a cauda e se esfregam como uma
forma de saudação amigável deve influenciar a maneira que os donos de gatos
interagem com seus animais de estimação, diz Bradshaw.
Como gatos
foram criados para nada além da beleza (diferentemente dos cães, que foram
cruzados ao longo da história visando a criação de animais mais dóceis), eles
são essencialmente menos domesticados que os caninos e tendem a agir de modo
mais instintivo.
Portanto,
quando você repreender seu gato por seu comportamento, lembre-se que você é
para ele um companheiro amigável, e que é muito grande por razões ainda
desconhecidas.